Dia 18, Dinamarca, que meio dia, hoje molenguei. Ponho-me a caminho. Adeus Lego do meu coração e de tantas brincadeiras.
A madalena não colabora! Já andava a ameaçar… por vezes, quando a ligo, teima em carregar os mapas e, reinicia. Reinicia em ciclos perpétuos até que, passado uma ou mais horas eis que regressa à vida!
Já a ameacei – chegas à Suécia, troco-te por uma sueca!
Desci das terras altas da Dinamarca, com muitas paisagens na memória mas poucas para partilhar convosco. A chuva e os últimos episódios deixaram-me sem vontade.
Billund fica quase a norte na Dinamarca. Sigo em direcção a Sul e depois contorno para Leste.
Visito Copenhaga e a pequena sereia.
Bonitas paisagens que alternam com chuvas intensas. Não chego a secar as luvas e o fato. Por isso não paro para tirar fotos. Foi algo que aprendi à custa de o fazer algumas vezes. Quando tiro as luvas, com as mão húmidas é mais difícil de as calçar, ficam geladas e o desconforto aumenta…
Percebo que tenho de passar portagens. Não gosto, tenho de tirar as luvas de inverno e deixo uma grande fila para trás.
Passo duas grandes pontes antes de chegar à Suécia. A última, que liga estes 2 países é fabulosa. Na Dinamarca entra-se num túnel de alguns quilómetros, o que permite o tráfego marítimo no canal, depois ascendemos à superfície e entramos numa ponte.
Passo a primeira junção em metal da parte alta da ponte e a mota foge de lado. Preparo-me para a saída, mas aí portou-se bem.
Chego à portagem, e eis que me deparo com uma sueca linda. Afinal não é só fama! Elas são mesmo bonitas! Como é que uma mulher destas está a fazer serviço numa portagem? Devia, talvez, era ser manequim! Bem, só se aqui abundarem manequins e a escolha for muito mais refinada!
São bonitas, disso não há dúvida!
Avisto a torre de Malmo. Aquela obra de engenharia que, não percebo porquê, erros de calculo será, deixaram-na não só torcida como torta, pois cai para um dos lados… como a torre de Pisa!
Como todas as grandes cidades, existe a parte antiga, quando baste neste caso e a parte nova. Esta, a nova, faz-me lembrar o parque das nações. Espaços arquitectónicos, bem desenhados, modernos e confortáveis.
Dou com uma pequena festa que atrai locais e turistas. Ensinam algumas danças latinas, bem gostava mas tenho as pernas demasiado entorpecidas! Fico por ali a descansar um pouco e a imiscuir-me naquele ambiente…
Tempo de ir procurar algum local para ficar, é tarde! Para variar, começa a chover. Péssimo, logo a esta hora!
Vou-me habituando…
Na Suécia, Noruega e Finlândia é permitido acampar em qualquer local desde que se respeitem os 150 metros da habitação mais próxima… mas não é fácil! Ao contrário do que pensava, pois não há saídas de estrada. As que há vão ter a casas e, não adianta, é procurar a próxima, e a próxima, e a próxima…
Era bem tarde quando, já cansado encontro um local possível de ser algo dentro do permitido e aceitável.
Monto a tenda à chuva, nem tiro o capacete e o fato, foi mesmo assim.
Detesto quando isto acontece! Tudo molhado, tudo húmido!