Saio do hotel cedo. É segunda-feira, a cidade ainda não respira! Situo-me no mapa que me deram na recepção e vou direito ao centro da cidade.
As ruas desertas ou quase, não compreendo.
Fiquei desiludido com Tallinn, não com Riga e estou pouco optimista quanto a Vilnius. Desço as ruas vejo montras, edifícios antigos e penso – mas será que esta cidade não tem património histórico? Continuo, não desanimo.
Este mapa é só publicidade não ajuda muito!
Vislumbro as cúpulas de algumas igrejas, devem ser ortodoxas.
As ruas são limpas, há poucos grafitis e estes respeitam os monumentos.
Há no entanto alguma pobreza. Centros comerciais abandonados, pessoas nas ruas, de meia idade, de olhar vago, ora em bancos de jardim, ora em escadarias.
É a sensação de abandono, de que foram deixados e entregues a si próprios, ainda não adquiriram o seu protagonismo enquanto nação? Não sei!
Falta dinâmica a esta cidade, isso posso dizê-lo!
É aqui que, em pé, ao lado da moto, com o computador em cima do saco de depósito escrevo estas linhas.
Saio, direcção Varsóvia, Polónia.
Saio da Lituânia e, não sei se ainda em terra de ninguém, ou já na Polónia evito alguns buracos. Grandes buracos! De quem seria tamanha responsabilidade?
Previa não chegar hoje a Varsóvia, pois em conversa com um finlandês que veio deste país, diz-me que as estradas são lentas e passa-se por muitas aldeias.
Chovia a cântaros. A estrada até Varsóvia tem decalques nos rodados dos camiões, entrar e sair destes regos, aliás rios, pois iam cheios de água era assustador em alguns casos. Nunca se sabia se eram profundos ou não.
Nunca fiz tantas ultrapassagens e tantas infracções. Os comboios de camiões entravam na Polónia e faziam a mesma estrada que eu. As velocidades eram muito baixas, as aldeias sucediam-se e prolongavam-se, ninguém respeita os limites de velocidade. São tão ridículos que chega a ser compreensivo! Por tudo e por nada 70 e até 50 Km/h. Eu seguia os outros…
Às tantas tenho de parar. A chuva e o tráfego era tanto que a estrada parecia um chuveiro a borrifar para um lado e para o outro. Os camiões nem abrandavam, quando passavam por mim não era só a deslocação do ar que me chicoteava mas uma autêntico duche! Interminável!
Espero.
Espero que a chuva abrande e a estrada seque um pouco mais, o que não era difícil face à quantidade de água que era expelida pelos veículos.
Utilizo a mesma táctica do dia anterior. Apanho uma rede wireless aberta, ligo-me à net, procuro hotéis, selecciono os primeiros e, digo à madalena para me levar até lá.
Tento o primeiro, o segundo e o terceiro! Fui aos mais baratos, mas eram muito maus. Vou para o Ibis, tinha passado por ele e lembrei-me que já estive algumas vezes. pago mais, mas acaba-se este tormento!
Reclamo o preço, pois o site dava-me um valor mais baixo! Dizem-me que para ter esse valor teria de fazer a reserva pela net…
Então eu vou ali fora fazer, não saia daí… Era que me dava vontade de dizer, mas não disse.
Paguei e instalei-me!
Album de fotos: Lituânia, Varsóvia – Polónia.
gabo-te a coragem para enfrentar tanta chuva, eu não sei se voltaria a aguentar tanto cinzento…
o Sol receber-te-à de raios bem abertos 🙂
Bjiis e até breve, is